09.12.2017 - 18.02.2018
10000 ANOS DEPOIS ENTRE VÉNUS E MARTE
Obras da Coleção António Cachola
Com curadoria de João Laia, 10000 anos depois entre Vénus e Marte reúne um conjunto de artistas de diferentes gerações, apresentando, pela primeira vez, uma série de novas aquisições da Colecção.
De título homónimo ao álbum lançado em 1978 por José Cid, a exposição é uma proposta especulativa que habita um território próximo do sonho ou da alucinação. As obras apresentadas analisam diferentes domínios do quotidiano e, no seu conjunto, questionam formas aparentemente estáveis de interpretação do real.
01.09 — 12.11.2017
QUATRO ELEMENTOS
Quatro Elementos estrutura-se a partir da ideia cosmogónica dos Elementos Naturais que inspirou pensadores de várias eras e continua a influenciar a prática artística contemporânea nos seus diversos territórios, nomeadamente no das artes visuais.
Quatro curadores foram convidados a desenvolver um projeto expositivo e a cada um deles foi atribuído um elemento.
Ana Luísa Amaral – Água, Eduarda Neves – Terra, Pedro Faro – Fogo, Nuno Faria – Ar
Esta é uma exposição quase animista sobre a representação, mais ou menos matérica, da Água, da Terra, do Fogo e do Ar na obra de artistas, escritores e não só. A exposição propõe, através de múltiplas linguagens, visitar os Elementos de forma isolada ou contaminada, questionando as suas complexas manifestações face à ausência e presença da ação humana.
02.06 — 13.08.2017
THEM OR US!
Um projecto de acção científica social e política
Arte contemporânea de mais de 90 autores nacionais e estrangeiros compõe Them or Us!, uma exposição de ficção científica, social e política, onde o futuro se interseta com o passado originando o presente e que se orienta pela máxima do cineasta russo Alexander Sokurov, segundo o qual “em história falamos do que aconteceu, na arte falamos do que poderia ter acontecido”.
Com curadoria de Paulo Mendes, a exposição relaciona passado e futuro para apresentar uma versão do presente, assentando na multiplicidade de obras de vários artistas de diferentes áreas, nacionais e estrangeiros, e de ideias que há pouco eram tidas como definição do presente: a do tempo da livre circulação, da abolição das fronteiras, da queda dos muros. Isto é, que o equilíbrio social estava garantido pelo triunfo de uma sociedade padronizada pelo consumismo e pela riqueza financeira especulativa. Em suma, que era o fim da história.
Them or Us! usa como máquina conceptual a ideia de “invasor” nas suas possíveis formulações, a criação do medo “do outro”, consequência da invasão territorial através do refugiado, do terrorista ou do turista, da invasão biológica através de novos vírus, contaminações e mutações contemporâneas que alteram o corpo primitivo.
11.03 — 14.05.2017
QUOTE, UNQUOTE
Entre apropriação e diálogo
Quote / Unquote. Entre Apropriação e Diálogo apresenta uma seleção de obras da coleção da Fundação EDP, mecenas da Galeria desde 2015, subordinadas ao tema da apropriação na arte contemporânea. No período temporal que define a coleção — dos anos 60 do século XX até à atualidade — a exposição propõe uma leitura transversal destas práticas: a apropriação direta de imagens, textos ou outras formas de produção cultural, a citação como elemento que concorre para a produção de sentido, ou o diálogo consciente e assumido com autores e criações preexistentes. Nesta proposta procura-se proporcionar não tanto uma leitura histórica dos processos de apropriação na história da arte mais ou menos recente, mas antes uma identificação do que, a partir de algumas das abordagens críticas que acompanharam as últimas décadas, possa ter contribuído para a obra dos artistas aqui reunidos e influenciado a escolha curatorial.
Realizada em curadoria colaborativa — Gabriela Vaz-Pinheiro e Ana Anacleto — a exposição apresentou três subnúcleos: “Arquivo e Quotidiano”, “Espacialidade e Política” e “Imagem e Narrativa”, que agregaram conjuntos de obras em torno de afinidades eletivas, propondo diálogos intrínsecos entre obras muito diferentes. “Em nota prévia, diga-se que muitas das obras poderiam transitar entre estes núcleos. O seu posicionamento, não-estanque, serve como parâmetro para um entendimento, apesar de tudo não-categórico, e pretende estabelecer um fluxo de sentido(s), uma espécie de ritmo de leitura em que pontas são largadas e retomadas, tanto entre as obras presentes na exposição como com outras, como num eco de apropriação” nas palavras de Gabriela Vaz-Pinheiro.