Programas
Fogo Fátuo
Fogo Fátuo
Fogo Fátuo é um dia dedicado à arte em movimento. Reunindo artistas e coletivos de diversas geografias, cruza tradições populares com expressões contemporâneas. Apresentado em diferentes locais, dentro e fora da Galeria Municipal do Porto, Fogo Fátuo oferece um programa dinâmico que abarca performances acústicas intimistas e experiências audiovisuais imersivas, mostrando a amplitude e a riqueza das práticas artísticas performativas e sonoras.
Com:
Angélica Salvi, Chiara Bersani, Eddie Peake, Inês Condeço, Inès Cherifi, Pauliteiros de Miranda do Douro, PRICE, Wimme Saari.
Entrada gratuita.
Entrada gratuita.
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FOGO FÁTUO - 14h30
Pauliteiros de Miranda
Os Pauliteiros da cidade de Miranda do Douro contam com cerca de vinte anos de história, dedicados à preservação da tradição mirandesa através da música e dança. Acompanhados pelos sons da gaita-de-foles, caixa e bombo, os seus movimentos são uma dança guerreira que simboliza momentos históricos locais, envolvendo o uso de dois paus, com os quais realizam uma série de passos e movimentos coordenados. Com trajes típicos, energia contagiante, e um rico repertório de “lhaços” — a designação dada às suas melodias, texto e coreografia —, as atuações dos Pauliteiros têm levado as Terras de Miranda, no nordeste de Portugal, a palcos de toda a Europa.
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FOGO FÁTUO - 15h00
Eddie Peake - Organ Harvest
Eddie Peake é um artista londrino, com trabalho nas áreas da performance, vídeo, fotografia, pintura, escultura, som e instalação. Através de projetos expositivos, aborda temas autobiográficos e auto-identitários, enfatizando frequentemente a relação entre o público e a obra de arte, quem vê e quem é visto. Explora o drama implícito às relações, refletindo sobre o impacto causado pelo desejo, a sexualidade, as construções sociopolíticas e culturais, assim como estados psicológicos como a depressão.
Organ Harvest é um jogo de futebol entre duas equipas de cinco jogadores e um árbitro. De caráter competitivo, este jogo é, como qualquer outro, divertido e excitante, ou banal e aborrecido. Jogado de forma convencional, não se trata de uma encenação. Duas simples mudanças tornam este jogo invulgar: o contexto de galeria de arte em que decorre e a nudez dos seus jogadores.
Organ Harvest é um jogo de futebol entre duas equipas de cinco jogadores e um árbitro. De caráter competitivo, este jogo é, como qualquer outro, divertido e excitante, ou banal e aborrecido. Jogado de forma convencional, não se trata de uma encenação. Duas simples mudanças tornam este jogo invulgar: o contexto de galeria de arte em que decorre e a nudez dos seus jogadores.
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FOGO FÁTUO - 16h05
Chiara Bersani - Seeking Unicorns
Chiara Bersani é autora, coreógrafa e performer italiana, com trabalho nos domínios das artes performativas, do teatro e da dança contemporânea. A sua investigação baseia-se no conceito de “Corpo Político” e na criação de práticas que testam os limites da atenção e da presença.
A performance Seeking Unicorns é uma versão de Gentle Unicorn, o seu manifesto artístico para espaços não teatrais. A paisagem sonora site-specific estimula todos os nossos sentidos. Aumenta a nossa capacidade de ouvir e a nossa visão torna-se mais nítida, descobrindo lugares que precisam de ser habitados. O Unicórnio incorpora o conceito de Corpo Político, fundamental na investigação de Bersani, segundo o qual o corpo já não é testemunho da história vivida por alguém, mas antes uma entidade política que se constrói no encontro/choque com a sociedade.
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FOGO FÁTUO - 17h05
Wimme Saari
Wimme Saari é conhecido como um dos principais embaixadores mundiais do Joik, tradição vocal única e forma de expressão musical praticada pelos povos indígenas Sami do Ártico. Nos seus joiks, aborda a natureza e os seus elementos, animais, lugares e conceitos, sem, na verdade, os mencionar. Quando canta sobre um lobo, não o descreve meramente com palavras. Mergulhando profundamente no espírito interior do animal, Saari torna-se o lobo. A solo, ou em colaboração — onde o artista finlandês combina esta prática vocal com improvisações contemporâneas, techno e sonoridades ambiente —, as suas atuações são viagens sonoras hipnotizantes, simultaneamente reflexivas e inspiradoras.
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FOGO FÁTUO - 17h25
Angélica Salvi
A harpista espanhola Angélica Salvi, radicada no Porto desde 2011, dedica-se à improvisação, à música contemporânea e eletroacústica, explorando técnicas de preparação e amplificação da harpa na busca de novos timbres e sonoridades. Salvi convida-nos a mergulhar nos seus referenciais emocionais e espirituais, servindo-se deles como guião de um sonho. Partindo da acrobacia do respirar (inalar, exalar) e da dinâmica das marés, a artista explora o universo da repetição numa invocação cósmica e estruturada do transe, através de um movimento magnético e sincopado. Nesta viagem interior, onírica e intimista, o público é guiado por caminhos sinuosos e tropicais, numa experiência potencialmente xamânica, de sonoridades ambíguas e multifacetadas.
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FOGO FÁTUO - 18h05
PRICE - I Try My Tongue (sequences)
PRICE vive entre o Brasil e a Europa e tem vindo a apresentar o seu trabalho em museus, teatros, espaços site-specific e clubes. O odor desempenha um papel cada vez mais premente na sua prática, desencadeando uma exploração das políticas dos espaços sociais e privados, aprofundando as dinâmicas conflituosas que coexistem nestas categorias socialmente normativas. Os seus projetos cruzam linguagens e tempos, entre performance, intervenção sónica, instalação e escultura.
Em I Try My Tongue (sequences), PRICE mede a realidade com melodias musicais, plasticidade tonal e experimentação vocal, afastando o foco da letra. Presta homenagem a quem não cresceu a falar inglês mas que, apesar disso, foi inundado com a língua. Como uma criança que repete a fonética do que não entende, PRICE tenta tornar-se proficiente no vocabulário hegemónico povoado por enigmas que nunca escolheu.
A performance será acompanhada pelo músico e compositor italiano Renato Grieco, com a sua Viola di Gamba.
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FOGO FÁTUO - 19h05
Eddie Peake - The Pervert
Eddie Peake é um artista londrino, com trabalho nas áreas da performance, vídeo, fotografia, pintura, escultura, som e instalação. Através de projetos expositivos, aborda temas autobiográficos e auto-identitários, enfatizando frequentemente a relação entre o público e a obra de arte, quem vê e quem é visto. Explora o drama implícito às relações, refletindo sobre o impacto causado pelo desejo, a sexualidade, as construções sociopolíticas e culturais, assim como estados psicológicos como a depressão.
The Pervert é uma performance construída a partir de padrões coreográficos de dança e som, num convite à autorreflexão sobre estados como a depressão, a psicose, a obsessão e o desejo. A peça é interpretada por um grupo de bailarinos nus pintados de dourado e um narrador que assume a personagem “Eddie Peake”, e estruturada numa narrativa não linear, que se orquestra a partir de uma paisagem sonora remisturada ao vivo pelo próprio artista.
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FOGO FÁTUO - 19h50
Inês Condeço
Inês Condeço é pianista e compositora. No último ano tem vindo a apresentar-se como artista a solo, explorando sonoridades e ambientes próprios no universo da música eletrónica, experimental e ambiente. No início de 2024 lançou o seu primeiro álbum, Lacuna. Através da voz e de sintetizadores, a artista portuguesa explora atmosferas con rastantes que alternam entre o etéreo e o obscuro. Do noise, aos loops, passando às melodias mais etéreas, viajamos por ambientes psicadélicos e delicados, numa procura incessante pela simbiose entre voz, corpo e eletrónica.
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FOGO FÁTUO - 20h20
Inès Cherifi - Something I Can Touch
Inès Cherifi é artista e produtora. A sua música oscila entre sons sinfónicos e “kicks” incisivos e radicais, navegando entre a música experimental, a eletrónica, o noise e hyperpop.
Em Say Something I Can Touch, a artista francesa desenvolve diálogos entre um violino elétrico, vozes e sintetizadores, onde as fronteiras entre cada elemento parecem esbater-se. Os sons do violino e das vozes assumem uma qualidade mutante, que parecem ressoar num mundo paralelo. Texturas frágeis, trémulas e instáveis expandem-se para dimensões orquestrais, criando um ambiente imersivo.
Em Say Something I Can Touch, a artista francesa desenvolve diálogos entre um violino elétrico, vozes e sintetizadores, onde as fronteiras entre cada elemento parecem esbater-se. Os sons do violino e das vozes assumem uma qualidade mutante, que parecem ressoar num mundo paralelo. Texturas frágeis, trémulas e instáveis expandem-se para dimensões orquestrais, criando um ambiente imersivo.