Colectivos Pláka
Os Programas Públicos da GMP estão associados aos cursos Colectivos Pláka – grupos de reflexão e produção de pensamento sobre temas relevantes para a arte contemporânea e a prática artística. O objetivo central deste projeto é exponenciar as oportunidades de discussão, no contexto cultural da cidade, ao trazer artistas e investigadores nacionais ou internacionais a partilhar o conhecimento nos campos disciplinares onde atuam.
Os Colectivos Pláka integram a Plataforma Pláka.
Os Colectivos Pláka integram a Plataforma Pláka.
10 – 13 de julho de 2019
The Time(s) of Contemporaneity 2: Descolonizando a Cultura
O curso The Time(s) of Contemporaneity 2: Descolonizando a Cultura, dando continuidade à edição anterior, reúne artistas e intelectuais para debater a relação entre arte, etnias, instituições e o legado do colonialismo. A descolonização será abordada no sentido mais amplo do termo: como reconhecimento dos legados coloniais na atualidade, como um sistema de repressão existente e como uma prática que afirma diferentes formas de conhecimento reprimido. Os oradores convidados irão explorar metodologias de descolonização em museus e galerias, modos de interagir criticamente com o passado colonial e como os feminismos do Terceiro Mundo usaram o socialismo revolucionário.
28 de setembro – 4 de outubro de 2019
Práticas Pós-Nostálgicas
Práticas Pós-Nostálgicas é um curso de cultura e pensamento crítico que olha a diversos lugares europeus que encerram histórias coletivas em desaparecimento para explorar a potência da investigação e intervenção curatorial e artística recentes. O curso apresenta diversas abordagens “pós-nostálgicas” de autores que se debruçam sobre espaços na Ucrânia, Polónia, Letónia, Lituânia e Espanha, para compreender como podem as práticas contemporâneas ler, intervir e ressignificar esses lugares, seja na sua relação com memórias do passado como, sobretudo, na redefinição de novas narrativas contemporâneas. Tentando ultrapassar as abordagens estritamente preservacionistas e conservadoras, olha-se a um local específico do Porto, a encosta do Freixo, caracterizada pela simultaneidade da história industrial e pela atual pressão dos interesses imobiliários sobre o edificado e o solo. O programa desdobra-se em conferências, caminhadas, workshops e noutras estratégias espaciais para compreender, e dialogar com, as problemáticas em causa.
5 – 8 de dezembro de 2019
Love and Garbage
A arquitetura contemporânea, entre muitas outras coisas, é um exercício logístico demorado e preciso na reformulação de valor para maximizar o lucro. Os processos que produzem o edificado da nossa envolvente são tipicamente sistematizados, formal e estritamente hierárquicos, estruturas adequadas ao controlo e divisão social. Trabalhar de forma cooperativa oferece uma alternativa, onde existe a possibilidade real de solidariedade mútua e envolvimento na experiência e conhecimento de outros. Mas como trabalhar de forma cooperativa na cidade, quando as estruturas que as geram e governam se baseiam numa lógica quase diametralmente oposta?
O coletivo Assemble e um pequeno grupo de seus amigos, colaboradores e cúmplices propõe aos participantes quatro dias de trabalho conjunto. Partindo em cada dia de uma série de leituras breves e processos corporais e materiais sustentados, o trabalho em conjunto será usado como um espaço para lançar a discussão de ideias e preocupações partilhadas, que têm atravessado as correntes da prática do coletivo Assemble ao longo dos últimos dez anos.
O coletivo Assemble e um pequeno grupo de seus amigos, colaboradores e cúmplices propõe aos participantes quatro dias de trabalho conjunto. Partindo em cada dia de uma série de leituras breves e processos corporais e materiais sustentados, o trabalho em conjunto será usado como um espaço para lançar a discussão de ideias e preocupações partilhadas, que têm atravessado as correntes da prática do coletivo Assemble ao longo dos últimos dez anos.
06.05
Desejos compulsivos: a extração de lítio, o crescimento ilimitado e a auto-otimização
Propondo um entendimento alternativo das noções de energia, progresso e vida plena, a arquiteta e investigadora Marina Otero Verzier propôe o curso “Desejos compulsivos: a extração de lítio, o crescimento ilimitado e a auto-otimização”, centrada no lítio e no seu múltiplo papel como estabilizador do humor e combustível na chamada transição para uma energia verde. Com uma duração de cinco dias, os participantes terão a oportunidade de conhecer os planos em andamento para iniciar a extração de lítio no Norte de Portugal e suas implicações na degradação de ecossistemas inteiros, através de visitas a minas e a banhos termais públicos de águas terapêuticas mineralizadas. Ao longo desse período, entrarão em contacto com vários ativistas e representantes de movimentos nacionais e internacionais de contestação à extração mineira e defesa dos lugares — incluindo o “Movimento Não às Minas” de Montalegre, “Unidos em Defesa de Covas do Barroso” e “SOS Serra d’Arga” —, que irão relatar as suas lutas e experiências em disputas legais e ambientais e as suas formas de ação.
Em conjunto com convidados locais e estrangeiros, com trabalho em diferentes disciplinas, o grupo envolver-se-á em práticas colaborativas e abertas.
07.05
SONHOS DE ENERGIA – Desejos compulsivos: Sessão Pública #1
O primeiro curso do programa Colectivos Pláka deste ano – Desejos compulsivos: a extração de lítio, o crescimento ilimitado e a auto-otimização – integra um conjunto de sessões públicas de acesso gratuito no Hotelier (R. de Anselmo Braancamp 324).
Sábado, 7.05
SONHOS DE ENERGIA
17h30
Epistemologias da energia, por Michael Marder
(vídeo disponível)
19h00
Estados de exaustão, por Marina Otero Verzier
(vídeo disponível)
Sessão pública de entrada livre, sujeita à lotação da sala. Mais informações em plaka.porto.pt.
Sábado, 7.05
SONHOS DE ENERGIA
17h30
Epistemologias da energia, por Michael Marder
(vídeo disponível)
19h00
Estados de exaustão, por Marina Otero Verzier
(vídeo disponível)
Sessão pública de entrada livre, sujeita à lotação da sala. Mais informações em plaka.porto.pt.
08.05
COMPORTAMENTOS MANÍACOS – Desejos compulsivos: Sessão Pública #2
O primeiro curso do programa Colectivos Pláka deste ano – Desejos compulsivos: a extração de lítio, o crescimento ilimitado e a auto-otimização – integra um conjunto de sessões públicas de acesso gratuito no Hotelier (R. de Anselmo Braancamp 324).
Domingo, 8.05
COMPORTAMENTOS MANÍACOS
17h30
Zonas termais e mineiras, por Anastasia Kubrak
(vídeo disponível)
O direito à loucura, por Susana Caló
(vídeo disponível)
Conversa com Marina Otero Verzier, Anastasia Kubrak e Susana Caló
Sessão públicas de entrada livre, sujeita à lotação da sala. Mais informações em plaka.porto.pt.
Domingo, 8.05
COMPORTAMENTOS MANÍACOS
17h30
Zonas termais e mineiras, por Anastasia Kubrak
(vídeo disponível)
O direito à loucura, por Susana Caló
(vídeo disponível)
Conversa com Marina Otero Verzier, Anastasia Kubrak e Susana Caló
Sessão públicas de entrada livre, sujeita à lotação da sala. Mais informações em plaka.porto.pt.
10.05
ALIANÇAS – Desejos compulsivos: Sessão Pública #3
O primeiro curso do programa Colectivos Pláka deste ano – Desejos compulsivos: a extração de lítio, o crescimento ilimitado e a auto-otimização – integra um conjunto de sessões públicas de acesso gratuito no Hotelier (R. de Anselmo Braancamp 324).
Terça-feira, 10.5
ALIANÇAS
18h00
Sonhos de lítio, por Godofredo Pereira
(vídeo disponível)
19h00
Natureza, mas não só, por Marisol de la Cadena
(vídeo disponível)
Conversa com Marina Otero Verzier e Marisol de La Cadena e Godofredo Pereira
Sessões públicas de entrada livre, sujeita à lotação da sala. Mais informações em plaka.porto.pt.
Terça-feira, 10.5
ALIANÇAS
18h00
Sonhos de lítio, por Godofredo Pereira
(vídeo disponível)
19h00
Natureza, mas não só, por Marisol de la Cadena
(vídeo disponível)
Conversa com Marina Otero Verzier e Marisol de La Cadena e Godofredo Pereira
Sessões públicas de entrada livre, sujeita à lotação da sala. Mais informações em plaka.porto.pt.
Colectivos Pláka
O clima, a inquietação, a dança
Considerando que, em grande medida, foram o discurso, o raciocínio e as formas de conhecimento ocidentais que nos conduziram à presente situação de emergência, o curso pretende oferecer caminhos não-convencionais para formas de conhecimento que dissolvem binários tradicionais, como natureza–cultura, humano–não-humano, corpo e mente, ativo–inerte, experiência e razão.
Como se irão cristalizar essas ecologias, essas formas de relações e de processos, é algo que não podemos antecipar. Mas podemos, em vez disso, criar oportunidades que se estabelecem através de sensações, afetos, intimidades, cuidado e empatia. O que estará em foco no curso será “o envolvimento com” e não “a aprendizagem sobre”. Para isso, o nosso instrumento e centro de atenção será o corpo, os seus movimentos e as relações que estabelece. Iremos embarcar numa viagem pensada para des-fazer mundos e através das chamadas práticas pré-figurativas iniciaremos processos de construção de mundos, alterando: a representação dos corpos e as suas metamorfoses; a relação entre indivíduos e tecnologias; a relação entre os corpos e a Terra.
O curso integra os Colectivos Pláka e decorrerá em oito momentos, durante os quais praticaremos em conjunto possibilidades de ecologias alternativas. Terá a forma de um processo de investigação guiado, sublinhando relações e ações em que espírito, corpo e mente são entendidos como fundacionais na luta contra a preocupante crise climática.
Como se irão cristalizar essas ecologias, essas formas de relações e de processos, é algo que não podemos antecipar. Mas podemos, em vez disso, criar oportunidades que se estabelecem através de sensações, afetos, intimidades, cuidado e empatia. O que estará em foco no curso será “o envolvimento com” e não “a aprendizagem sobre”. Para isso, o nosso instrumento e centro de atenção será o corpo, os seus movimentos e as relações que estabelece. Iremos embarcar numa viagem pensada para des-fazer mundos e através das chamadas práticas pré-figurativas iniciaremos processos de construção de mundos, alterando: a representação dos corpos e as suas metamorfoses; a relação entre indivíduos e tecnologias; a relação entre os corpos e a Terra.
O curso integra os Colectivos Pláka e decorrerá em oito momentos, durante os quais praticaremos em conjunto possibilidades de ecologias alternativas. Terá a forma de um processo de investigação guiado, sublinhando relações e ações em que espírito, corpo e mente são entendidos como fundacionais na luta contra a preocupante crise climática.
29.09 - O clima, a inquietação, a dança
Sessão Pública: Anatomias fantásmicas, por Anne Juren
Para onde vai, persiste, permanece ou continua a dança? Necessita de corpos ou também pode viajar para lugares imaginários, apropriar-se da fantasia e permitir-nos descobrir dinâmicas desconhecidas, nossas e do mundo? A prática de Anne Juren alicerça-se na dança mas entra na mente e no ser do espectador através do som, da voz e da atmosfera. A partir de sessões próximas do espiritismo que recorrem à meditação, à hipnose e à intensificação psicadélica os espectadores são guiados para viagens cujo destino se encontra além do conhecimento, do sentir e das formas convencionais de subjetividade.
Esta apresentação contextualiza a prática de Juren e convida-nos a fazer parte de uma jornada rumo ao desconhecido.
13 de outubro, das 19 às 21 horas
Sessão Pública: Companhia, Afinidade, União, por Hana Lee Erdman
O que é uma relação? São simétricas ou necessariamente desequilibradas? Podem as relações ser frutíferas apesar de a comunicação parecer impossível? Ou podemos aprender com outros — animais, coisas, espíritos — através de outros meios — intimidade, toque, entrelaçamento, tempo ou afastamento?
Através das suas práticas artísticas, a bailarina e coreógrafa americana Hana Erdman explorou as relações interespécies, as formas de companheirismo e afinidade e nesta apresentação irá conduzir-nos a mundos que estão escondidos à vista do todos, que não podem ser vistos mas apenas sentidos, experienciados mas não denominados.
15 de outubro, das 17 às 21 horas
Sessão Pública: O clima, a inquietação, a dança, por Mårten Spångberg com Hana Lee Erdman
Entre pessoas e matéria, respiração e vento, sentimentos e lembranças, A crise climática, a inquietação, a dança, curso orientado pelo coreógrafo Mårten Spångberg, reimagina o humano num mundo mais-do-que-humano e não-mais-do-que-humano. Um grupo que se desintegra e um encontro que o mantém unido, dançando sob imagens e assumindo energias partilhadas por nenhuma razão em especial. Os implicados são apanhados juntos em formas de vida entrelaçadas, construindo a partir de interseções corporais entre horizontes fúngicos, parentescos, comunicação interespécies, um coletivo falhado e um edifício vazio dedicado à educação. Ao interrelacionar diferentes estratos de ser místico, fantásmico, corriqueiro, atencioso, abastado e indiferente há existências que emergem, tornando-se mais e mais envolvidas em questões que se debruçam sobre o que significa ser humano.
Depois de passar oito dias em comunidade, o grupo dá a conhecer as suas formas de pertença, deixando as suas paisagens ressoar com estar no mundo, ausência do mundo e desconexão, de modo a imaginar, sem procedimentos envolvidos, respostas para as quais não há perguntas relevantes. Esta situação, ocasião, espetáculo de dança ou talvez luto coletivo, dura aproximadamente três horas e meia e é o resultado de um processo de trabalho de grupo, preocupado com as relações entre ansiedade climática, dança, o chamado afeto e a possibilidade de imaginar diferentes formas de mentalidades ecológicas.
Depois de passar oito dias em comunidade, o grupo dá a conhecer as suas formas de pertença, deixando as suas paisagens ressoar com estar no mundo, ausência do mundo e desconexão, de modo a imaginar, sem procedimentos envolvidos, respostas para as quais não há perguntas relevantes. Esta situação, ocasião, espetáculo de dança ou talvez luto coletivo, dura aproximadamente três horas e meia e é o resultado de um processo de trabalho de grupo, preocupado com as relações entre ansiedade climática, dança, o chamado afeto e a possibilidade de imaginar diferentes formas de mentalidades ecológicas.
The climate, the worry, the dance
Galeria Municipal lança nova publicação integrada nos Colectivos Pláka.
“The climate, the worry, the dance” resulta do curso homónimo, organizado pelo escritor e coreógrafo Mårten Spångberg e será lançado no próximo sábado no Apartamento da Ribeira, espaço dos Ateliers Municipais.
Em setembro passado era apresentado um novo curso Colectivos Pláka, cuja abordagem o destacou dos seus antecessores. Afastando-se do método teórico e discursivo, baseado na troca de ideias através do diálogo e da escrita, Mårten Spångberg propôs uma alternativa de curso coreografado, onde a dança serviu de base para a construção de pensamento.
Agora materializado em papel, “O clima, a inquietação, a dança” reúne as contribuições visuais e escritas dos seus participantes, servindo como uma extensão do próprio curso: André Braga, Anne Juren, Carla Castiajo, Eleanor Raposeira Winkler, Filipa Ramos, Hana Lee Erdman, Inês Pena, Isabela Berto Tescarollo, Juliana Fernandes, Mariana Coelho, Mårten Spångberg, Pedro Bernardo Oliveira, Salomé Rodrigues, Sara Santervás, Sílvia Coimbra, Teresa Prima e Vera Mota.
Colectivos Pláka
Assembleia em devir: o como e o porquê do design hoje
Podemos imaginar formas de fazer design de outro modo, com objectivos e processos diferentes? Poderá o design ser libertado das suas origens e afastado dos paradigmas neoliberais contemporâneos? E podem os designers recuperar (ou redescobrir) diferentes formas de agência que possam contribuir para uma mudança profunda da prática?
Este curso analisa as mudanças de paradigma na e em torno da realidade contemporânea da prática do design, em todas as manifestações da disciplina, e procura compreender as implicações de uma realidade pós-industrial e multidimensional para uma disciplina que se encontra atualmente num momento de profunda redefinição. Ao longo desta semana, os participantes irão explorar diferentes abordagens aos processos e à pedagogia, juntando-se e criando futuros mais inclusivos para a disciplina do design – e para as suas próprias práticas individuais. Assembleia em devir tem como objetivo ser uma experiência transformadora para todos aqueles que dela tomem parte.
Colectivos Pláka
SHAKING THE HABITUAL com KEM SCHOOL
A Kem School é um programa educativo experimental ancorado no potencial da performance, das metodologias queer-feministas e da coletividade como instrumentos cruciais para uma pedagogia radical; surgiu como resposta à ausência de iniciativas educacionais alternativas na Polónia, que se centrem no corpo como portador de conhecimento político-social.
Neste curso, abordaremos a fala, o movimento, a leitura e a escrita como ações de interdependência e modos de tomar consciência do corpo. Trabalharemos com as noções de hábito, ligação e acessibilidade para criar cenários baseados no tempo e no corpo que permitam uma aproximação aos nossos sentimentos pessoais e políticos.
Conduzido em inglês, destina-se a todas as pessoas interessadas em trabalhar a relação corpo-mente, dirigindo um convite especial a quem tem experiências de migração, queer, deficiência ou BIPoC. Não é necessária ter qualquer experiência prévia artística, de movimento ou escrita.